Tuesday, May 30, 2006

Sabes...


Apetecia-me
Estar aí contigo
Mesmo ao teu lado
Nesse lugar perdido no tempo
Não deste pela minha presença

Apetecia-me
Olhar-te
Não ver, mas…
Olhar com máxima atenção
Não olhaste para mim

Apetecia-me
Partilhar momentos
Pensamentos
Trocar gestos
Um abraço
Um beijo
Mesmo só um sorriso

Apetecia-me
Não gostar
Não sentir
O poder da decisão, certa ou errada, em falta...

Tudo passou ao lado
Tu viste
Mas não olhas-te
Estiveste perto
Mas não ficaste
Trocas-te o abraço
Não o beijo

Ficou o sorriso na memória
Que não há meio de se apagar
Por muito que se queira estilhaçar no tempo

Ainda não me apetece

Ainda me consegues prender

Saturday, May 27, 2006

Happy in the Sun


"Did you find what you were after?

The pain and the laughter brought you to your knees

But if the sun sets you free,

You'll be free indeed,

She's only happy in the sun

She's only happy in the sun

Like the story of life, of your life

Is hello, goodbye

Shes only happy in the sun

Shes only happy in the sun"

Ben Harper - She's Only Happy in the Sun

Tuesday, May 23, 2006

Eu vou! E tu?


Semana Académica de Setúbal:

Terça 23 --> The Ratazanas
--> Xutos e Pontapés

Quarta 24 -->Irmãos Cabana
-->Quim Barreiros

Quinta 25 -->Expensive Soul
-->Boss AC

Tudo isto e muito mais no Campus IPS!

Para mais informações contacta:
www.sasetubal06.com

Em caso de dúvida ou persistência dos sintomas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

EU VOU!
E TU?

Wednesday, May 17, 2006

Saudade


Hoje bateu a saudade à porta…
A saudade de ouvir a guitarra na praia
Acompanhá-la com djambé
Aproveitando o ritmo das ondas
Hoje bateu a saudade à porta
A saudade de dormir na praia
No silêncio
Hoje bateu a saudade à porta
De abrir os olhos
E estar nesse lugar
De ouvir a música que nunca mais fora ouvida
Daqueles tempos
Hoje bateu a saudade à porta
E eu…deixei-a entrar
Entrou em mim
E senti-a cá dentro
Recusada inicialmente,
Aceitada no fim
Como dizia o poeta:
“Primeiro estranha-se
Depois entranha-se”
E foi o que aconteceu.
Hoje bateu a saudade à porta
E eu deixei-me aconchegar
Estranhei, mas aceitei.
Fechei os olhos e vi o que queria
As noites de praia
Ao som de guitarras, djambé, e ondas
Com pontos cintilantes no céu
Hoje bateu a saudade à porta
E foi como que fotografias
De superfície cintilante
Mas de reflexo vazio
Sem brilho como a realidade
Hoje bateu a saudade à porta
Porque é bom lembrar o que fomos
Porque é bom esperar o que seremos
Saudades do que já foi
Do que será…
Hoje bateu a saudade à porta
E eu…
Deixei-a ficar

Tuesday, May 16, 2006

Lume

Liberta o grito que trazes dentro
E a coragem e o amor
Mesmo que seja só um momento
Mesmo que traga alguma dor

Só isso faz brilhar o lume
Que hás-de levar até ao fim
E esse lume já ninguém pode
Nunca apagar dentro de ti


(Mafalda Veiga)

Friday, May 12, 2006

Escrevo-te



Escrevo-te…
A ti que me ouves, que me olhas, que me sentes, que me lês.
Escrevo-te com o poder da liberdade.
Sem descriminação.
Escrevo-te sem palavras difíceis.
Sem tópicos, items, etecetras.
Sem lógica ou qualquer razão.
Ou mesmo sentido algum.
Sem pensamentos nas entrelinhas.
Apenas porque preciso.
Para afastar as sombras que me rodeiam, que me roubam aos poucos a luz.
Saída fácil.
Ideia estúpida.
Um subterfúgio à realidade.
Escrevo-te para espairecer.
Para esquecer tudo o que não quero.
Para tentar apagar, em vão, tudo o que me percorre.
Talvez por ser isto uma certeza. Não mais uma ilusão.
Ninguém apagará estas pequenas linhas.
Porém frágeis. Mas um porto para ti.
Escrevo-te por querer entender.
Ou por querer que me entendas.
Ou só porque sim.
Porque nada mais me ocorre para trazer de novo a luz a um caminho empoeirado.
Apagado talvez.
Cerrado, em obras.
Intransmissível.
Mais uma barreira.
Apenas ultrapassada em sonhos.
Escrevo-te para a esquecer.
Ou numa tentativa inútil de a ultrapassar.
Escrevo-te sem censura.
Sem palavras cortadas.
Sem qualquer risco.
Sem quaisquer jogos mentais.
Escrevo-te num pedido de socorro.
De ajuda.
Escrevo-te para me libertar deste peso.
De todas estas palavras que sufocam.
Deste sentimento que não quero.
Deste lume que não se apaga.
Escrevo-te numa tentativa ilusória da busca de um caminho.
Numa forma de apagar sentimentos que não querem ser sentidos.
Escrevo-te para que as palavras saiam de mim.
Transparecem num outro lugar, que não eu.
Escrevo para ti, para todos, para um mundo encoberto, para uma realidade desconhecida.
Para que tudo o que sinto passe a transparecer num papel.
Não em mim.
Não nos meus sorrisos focados ou nas lágrimas caídas.
Por culpa de algo que não consigo proferir.
Está tatuado tão profundamente que não sai.
Independentemente de todas estas palavras escritas.
Esta fica.
Escrevo-te…mas esta última de significado absoluto, não a consigo transmitir, de forma a conseguir oprimi-la.
Apagá-la de mim.

Wednesday, May 10, 2006

Olhas o horizonte.Um novo caminho aguarda-te.
Tens quartos de fogo para ultrapassar. Paredes de vidro inquebrável.
O frio...o vazio.Absolutamente tudo e ao mesmo tempo, absolutamente nada.
O poder do vazio frio...o nada.
Mas a tua utopia é bem mais forte. Conhecer esse novo mundo, ao qual chegarás após percorreres esse novo caminho.Esse que te aguarda impávido e sereno.
Ultrapassas barreiras, enfrentas os desafios, insistes, ganhas a coragem, lutas mais um pouco, chegas mais à frente.
Mas continuas sem chegar ao teu caminho...a esse que te aguarda.
Vagueias por entre o poder do vazio frio...o nada.
Dás contigo na beira de nenhuma estrada.
Dada como louca por acreditares nos sonhos, por teres ilusões, por quereres descobrir esse novo caminho, esse novo dia...utopia.
Adormecida no meio dessa estrada vozes pedem-te para acordares pois a poeira irá sujar os teus sonhos, naqueles em que acreditas.
Mas outras nem em ti acreditam, pois tu sentes que não és desta vida.
Riem-se de ti por acreditares na luta. Por acreditares de olhos fechados na lua e nas estrelas. Por conseguires olhar de frente o horizonte, o novo mundo. Por teres a coragem de vaguear por entre absolutamente tudo e ao mesmo tempo absolutamente nada, entre o vazio frio...o nada. Por teres a coragem de não pensar se continua a haver estrada ou não, sabendo apenas que não podes parar na berma. Por desejares o que não tiveste e por te agarrares ao que não tens.
Não ligamos aos risos...Ama-mos a vida.
O caminho pode ser longo, tortuoso.
Com enredos, desafios, jogos, quedas, lágrimas perdidas na escuridão e solidão até, mas tu acreditas que tens a força para continuar.
O azar esconde-se por entre os vultos que se vislumbram pelas luzes.
Os passos podem ser errados, mas aproximam-te do caminho ambicionado.
Mas quem sabe um dia não vérás a luz plena desse novo caminho?
Não conhecerás um novo mundo?
Não tornarás real mais uma utopia...num outro dia?...Pois...
Hoje pode ser apenas o primeiro dia do resto da tua vida!

Thursday, May 04, 2006

Riscos...


Imagens que rodopiam na tua cabeça…
Pensamentos que ganham forma aos poucos…
Riscos e mais riscos…
Parafernália de músicas…
Confusões e emoções…
Riscos e mais riscos…
Sentimentos trocados…
Caminhos traçados…
Riscos e mais riscos…
Cores escuras Cores claras…
Riscos e mais riscos…
Palavras soltas…
Dançam no ar
Tal qual estes riscos
Que ficam a baloiçar…
No tempo, nas cores
Na noite, no nada…
Em ti…
Riscos e mais riscos…

















O risco que vais traçando na tua vida…
Os riscos que corres quando arriscas…
Os riscos que marcam quando a riscas…

Monday, May 01, 2006

A gente vai continuar...


"Tira a mão do queixo não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas p´ra dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem á batota
Chega a onde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota

Enquanto houver estrada p´ra andar
A gente não vai parar
Enquanto houver estrada p´ra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente vai continuar
Enquanto houver ventos e mar

Todos náo pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
A Liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo"

Jorge Palma - A gente vai continuar
Imagem - Freedom