Wednesday, May 17, 2006

Saudade


Hoje bateu a saudade à porta…
A saudade de ouvir a guitarra na praia
Acompanhá-la com djambé
Aproveitando o ritmo das ondas
Hoje bateu a saudade à porta
A saudade de dormir na praia
No silêncio
Hoje bateu a saudade à porta
De abrir os olhos
E estar nesse lugar
De ouvir a música que nunca mais fora ouvida
Daqueles tempos
Hoje bateu a saudade à porta
E eu…deixei-a entrar
Entrou em mim
E senti-a cá dentro
Recusada inicialmente,
Aceitada no fim
Como dizia o poeta:
“Primeiro estranha-se
Depois entranha-se”
E foi o que aconteceu.
Hoje bateu a saudade à porta
E eu deixei-me aconchegar
Estranhei, mas aceitei.
Fechei os olhos e vi o que queria
As noites de praia
Ao som de guitarras, djambé, e ondas
Com pontos cintilantes no céu
Hoje bateu a saudade à porta
E foi como que fotografias
De superfície cintilante
Mas de reflexo vazio
Sem brilho como a realidade
Hoje bateu a saudade à porta
Porque é bom lembrar o que fomos
Porque é bom esperar o que seremos
Saudades do que já foi
Do que será…
Hoje bateu a saudade à porta
E eu…
Deixei-a ficar

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Escreves "quente" sai-te das veias, mas escreves bem embora denotes imaturidade.

É giro o teu blog, é inocente!

Beijinho

4:47 PM  

Post a Comment

<< Home