Wednesday, November 29, 2006

Coisas...


Leva qualquer eu a meu dia
Dá-me paz eu só quero estar bem
Foi só mais um quarto uma cama
No meu sonho era tudo o que eu queria

Quando alguém deixar de viver aqui
Espera que ao voltar seja para ti
Nada vai ser fácil
Nunca foi
Quando alguém deixar de te dar amor
Pensa que há quem viva do teu calor
Hoje é só um dia e vai voltar
Amanhã

E não foi assim que o tempo nos fez
E fez assim com todos nós
E não foi assim que a razão nos amou
E fez assim com todos nós
São coisas
São só coisas


E se o fim é certo
Eu quero estar cá amanhã
(...)

Eu estou bem
Quase tão bem
Vê como é bom voltar a dizer
Eu estou bem
Quase tão bem
Vê como é bom voltar a dizer
Eu estou quase a viver


Ornatos Violeta

Monday, November 27, 2006

Noite ao acaso...


Numa noite ao acaso
Trocámos o olhar, o sorriso
Acabando por se trocar
Nessa mesma noite ao acaso
O beijo prometido, perdido
Esquecido

Numa noite ao acaso
Trocámos
Gestos inesperados
De corpo
Palavras repetidas que
Nessa mesma noite ao acaso
Ficaram cá dentro
Tatuadas

Numa noite ao acaso
Percorremos o espaço
aquele que chamámos nosso e
Nessa mesma noite ao acaso
Nesse espaço ficaram retratados
Os passos incertos
Os murmúrios alterados
O momento único e nosso
dessa...


Noite ao acaso

Friday, November 24, 2006

Cid...



Pois é…Pois é…
Segunda-feira foi o dia desse grande concerto, desse grande Sinhor José Cid.
Polémico?
Na minha opinião, tem dias.
Mas tem a sua piada especial.
Tão especial que consegue mover multidões para o Casino de Lisboa.
Mais especial ainda por conseguir por essa gente a gritar “Favas”…
E nós, o grupinho do costume, lá tivemos de ir…ora pois tá claro.


As suas músicas deviam ser estudadas com atenção, é verdade.
Mas algumas têm especial significado…são giras.

"Meio a sério, meio a brincar, José Cid identifica uma nova geração de fãs que o idolatram por causa de canções como «A Cabana Junto à Praia» ou «Como o Macaco Gosta de Banana»: «Imagino que tenham sofrido muito quando pequenos», especula o cantor. «Os pais deviam dizer--lhes coisas horríveis como “ou comes a sopa ou obrigo-te a ouvir o “Como o Macaco Gosta de Banana”…” E a verdade é que alguns eram teimosos e não comiam.Essas canções devem ter ficado gravadas tão fundo na sua memória que hoje não querem outra coisa»."
(in Blitz)

José Cid, tu não és grande…És enorme!

“Amanhã, no fim da vida…”
"Basta um sorriso, um simples olhar..."

E mais umas que ficam pelo caminho....

Sunday, November 19, 2006

E porque...


E porque gosto deles.
E porque gosto do preto e do branco.
Das coisas simples.
Das difíceis…
Do imaginário e do real.
E porque gosto dos dias.
E especialmente das noites.
E porque gosto do frio…
Da roupa quente, de folhas a cair.
Da chuva a bater na janela.
De comer gelados enrolada nas mantas.
E porque gosto de rir.
Contigo, com ele, com todos eles.
Sozinha…
E porque gosto do calor.
Dos raios a encadear-me quando passeio na praia.
E porque gosto de acampar…
Gosto da confusão.
E porque gosto do som do djambé e da viola...
E porque gosto de gritar.
Dizer tudo que me apetece.
E porque gosto de ficar calada.
Atenta a tudo o resto.
E porque gosto de cavalinhos a correr…
E cantar sem motivo aparente.
Dizer coisas estúpidas.
Frases sem nexo.
Escrever só por escrever.
E porque gosto de fazer tudo e mais alguma coisa.
Esgoto o tempo.
E porque gosto de passar tardes deitada a ouvir musica e a ver o mar.
E porque gosto das estrelas e da lua.
E porque gosto destas confusões de escrita.
E porque gosto desta coisa chamada vida.
E porque gosto de arriscar.
De me assustar, ter medo, mas…
Voltar à segurança inicial.
Sentir o reconforto.
Ouvir a palavra em falta.
E porque hoje me deu para isto.
Escrever tudo e mais o que ficou por escrever.
E porque gosto de ti, de ti, de ti, de ti, dos outros…
E porque…
Sim!

Saturday, November 11, 2006

Fácil de Entender


Talvez por não saber falar de cor, imaginei
Talvez por saber o que não será melhor, aproximei
Meu corpo é o teu corpo, o desejo entregue a nós...
sei lá eu o que queres dizer.
Despedir-me de ti, "Adeus, um dia, voltarei a ser feliz."
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil de entender.
Talvez por não saber falar de cor,imaginei.
Triste é o virar de costas...o último adeus
Sabe Deus o que quero dizer.

Obrigado por saberes cuidar de mim,
Tratar de mim,
Olhar para mim...
Escutar quem sou...
e se ao menos tudo fosse igual a ti...

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil de entender.
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil de entender.

É o amor que chega ao fim
Um final assim,assim é mais fácil de entender...


Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir.
Se por falar,falei, pensei que se falasse é mais fácil de entender.
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse
...era fácil de entender.

(The Gift)