Friday, December 29, 2006


Não gostamos de início.
Vamo-nos prendendo aos poucos.
Uma mistura de sentimentos.
Mas não gostamos.
Prendemo-nos.
Passa o tempo. Fica o hábito.
Há alguém.
Incerto. Mas está lá.
Ficamos de olhos fechados
Deixamo-nos levar ao sabor desse vento.
Não gostamos.
Estamos presos.
Mas apenas uma parte acredita nessa prisão.
E os olhos continuam fechados nessa luta em vão.
Um passo segue o outro e outro e tantos outros errados.
É uma prisão estranha levada na força das águas.
Aquele rio salgado que acreditou na presença ausente de alguém.
E quando tudo passa a frente não se sente.
Não se quer ver.
Não pode ser assim.
Este rumo era diferente.
Ou então, era assim visto pelo outro lado da prisão desenfreada que acreditou que tudo ia mudar.
Que desta vez ia ser diferente de todas as outras.
Mais uma utopia deste caminho que parece interminável.
"As pessoas prometem-nos coisas, mas depois vão-se embora quando se fartam de nós..."

Wednesday, December 20, 2006







. . . o que vale é que combinam a vida por mim . . .

Wednesday, December 13, 2006

Last Goodbye


"This is our last goodbye
I hate to feel the love between us die.
But it's over
Just hear this and then I'll go:
You gave me more to live for,
More than you'll ever know.(...)

Well, this is our last embrace,
Why can't we overcome this wall?(...)
This is our last goodbye.

Did you say,
"No, this can't happen to me"?
(...)

Well, the bells out in the church tower chime,
Burning clues into this heart of mine.
(...), and the memories
Offer signs that it's over, it's over."



Jeff Buckley

Monday, December 04, 2006

F r i o . . .


Está frio…
A roupa já não aquece, pois o frio exterior apoderou-se de um interior diferente.
O teu…
Não te consegues aconchegar, nem com palavras…
Nem com a música que soa baixinho vinda não se sabe bem de onde.
Sentes o olhar preso ao mar.
Sentes o olhar preso ao infinito daquilo que agora vês.
A cama chama-te para o seu conforto.
Para o mundo de almofadas e de mantas, com as quais tentas esconder o frio.
Da rua…
Da ausência…
Do nada que persiste.
Resistes.
Dizes que não.
Que não é hora.
Contrarias.
Mas os olhos estão pesados, a cabeça cansada de pensamentos que não queres ter.
Então dás-te por vencida.
Cais.
Adormeces…ainda com o som da música vinda não se sabe de onde.
Sonhas…

Confronto de quarto imaculado.
Quebra-se o silêncio.
Rasgam-se as luzes.
Trespassam as paredes emoções confusas.
Atordoadas pelo barulho envolvente que separa e une, ao mesmo tempo, dois mundos à parte.
Diferenciados por regras de um universo desconhecido…obscuro.


E no pensamento fica o olhar de um amanhã diferente.

F r i o . . .