Monday, June 18, 2007

Quando choramos limpamos a alma...e soltamos o mais belo sentimento que temos escrito na lágrima…

Caem as lágrimas por saudades...

Por coisas lidas de outros tempos que deixaram marcas...

Por imagens que haviam sido guardadas cá dentro, mas que hoje se revelaram


Fora do seu tempo


São lágrimas doces

Que descrevem um percurso

De uma vida...de tantas vidas...

Que nos passaram ao lado...
Que permanecem cá


Mas agora diferentes.



Choro por me lembrar dos bons momentos

Choro por não os conseguir repetir

Por mínimas coisas que já não batem certo

Que deixaram de fazer sentido


Não para mim

Para ti talvez e para o outro alguém


Caem as lágrimas deixando transparecer as saudades

Do que foi ouvido,

Do que foi sentido


Do que não sabe


Do que não volta a acontecer



Lágrimas num olhar fixo

Inundando uma nostalgia que se perpetua entre quatro paredes brancas...

Lágrimas que molham um sorriso escondido

De quem chora de saudade do que já não tem

Com medo de não voltar a passar por esses tempos

Medo... de não trocar o olhar...o abraço...o beijo... mais uma vez

Mas que sente ainda o cheiro, o sabor e a cor

Do que foi

...vivido




"A palavra saudade só existe em português. Mas nunca falta um nome se o assunto é ausência..." (Gabriel O Pensador)




Saturday, March 31, 2007

C h u v a


As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

Mariza

Wednesday, March 21, 2007

E s q u e c e r . . .





"Perdoar … A capacidade de perdoar é mais recente. Não tem a ver com o homem da idade da pedra, por exemplo. Ninguém – Deus não existia ainda, lembram-se? -, ninguém perdoava nada ao homem primitivo e ele também não se sentia obrigado a perdoar. Um cacetada e estava o assunto arrumado. A capacidade de perdoar tem a ver com o homem mais … “evoluído”, isto é, com o homem que já fez tanta asneira que tem de perdoar “razoavelmente” para não ser chateado constantemente pelo outro homem, pela mulher ou por si próprio, por causa daquela invenção estúpida mais recente que é o complexo de culpa.
A capacidade de amar… Passamos todos por aí, temos essa capacidade e vamo-la perdendo, quantas vezes por falta de exercício…
Mas tudo isto é normal. O que eu acho fantástico é a capacidade de esquecer. Esquecer uma coisa má em nome de outra coisa – boa – que queremos lembrar. Esquecer que se aproveitaram para nos deitar abaixo, precisamente quando já estávamos em baixo, esquecer que se esqueceram de nós quando pensaram noutros. Esquecer hoje que amanhã vamos ter um problema para resolver, esquecer a chatice de agora para vivermos o bocado a seguir, esquecer que devíamos isto ou aquilo…
Se queremos sobreviver no presente e viver ainda no futuro, a quantidade de coisas que temos de aprender a esquecer!
É uma técnica que estou a desenvolver, esta de esquecer. Eu já nem me lembro porque é que fui buscar isto!...Ah!"


in, O País dos Jeitosos
José Pedro Gomes
Imagem - Google

Wednesday, January 03, 2007




. . . e ao terceiro dia . . .




Bom Ano e . . .





Bom dia Alegria!





P.S. KGB não surtiu grande efeito . . . vá-se lá saber porquê . . .



Friday, December 29, 2006


Não gostamos de início.
Vamo-nos prendendo aos poucos.
Uma mistura de sentimentos.
Mas não gostamos.
Prendemo-nos.
Passa o tempo. Fica o hábito.
Há alguém.
Incerto. Mas está lá.
Ficamos de olhos fechados
Deixamo-nos levar ao sabor desse vento.
Não gostamos.
Estamos presos.
Mas apenas uma parte acredita nessa prisão.
E os olhos continuam fechados nessa luta em vão.
Um passo segue o outro e outro e tantos outros errados.
É uma prisão estranha levada na força das águas.
Aquele rio salgado que acreditou na presença ausente de alguém.
E quando tudo passa a frente não se sente.
Não se quer ver.
Não pode ser assim.
Este rumo era diferente.
Ou então, era assim visto pelo outro lado da prisão desenfreada que acreditou que tudo ia mudar.
Que desta vez ia ser diferente de todas as outras.
Mais uma utopia deste caminho que parece interminável.
"As pessoas prometem-nos coisas, mas depois vão-se embora quando se fartam de nós..."

Wednesday, December 20, 2006







. . . o que vale é que combinam a vida por mim . . .

Wednesday, December 13, 2006

Last Goodbye


"This is our last goodbye
I hate to feel the love between us die.
But it's over
Just hear this and then I'll go:
You gave me more to live for,
More than you'll ever know.(...)

Well, this is our last embrace,
Why can't we overcome this wall?(...)
This is our last goodbye.

Did you say,
"No, this can't happen to me"?
(...)

Well, the bells out in the church tower chime,
Burning clues into this heart of mine.
(...), and the memories
Offer signs that it's over, it's over."



Jeff Buckley